Nas Máquinas de Turing Paraconsistentes (MTPs) cada função de escolha de valores dos diferentes elementos da máquina, representa uma configuração de uma Máquina de Turing Clássica (MT). Portanto, a configuração das MTPs podem ser interpretadas como uma superposição de configurações de uma MT além de, no final da computação, ser realizada só uma escolha de valores dos elementos da máquina para obter um único resultado. As MTPs podem ser consideradas similares as Máquinas de Turing Quânticas (MTQs) nas quais são permitidas somente superposições uniformes.
Emaranhamento Quântico
Contudo, não é possível representar estados emaranhados nas MTPs através da mera interpretação da multiplicidade de valores como superposição de estados. Isso porque qualquer superposição uniforme emaranhada de estados exclui alguma combinação de valores dos elementos constituintes, enquanto, nas MTPs, qualquer combinação de valores na configuração da máquina pode ser obtida, ou seja, nenhuma combinação é excluída.
A noção de fase relativa nas MTQs também não é diretamente representável através das MTPs, e essa característica é essencial para a interferência quântica, que é o mecanismo provido pelas MTQs para aproveitar o paralelismo no processo de computação. O mecanismo provido pelas MTPs para aproveitar o paralelismo e bastante diferente da interferência quântica: consiste na adição de condições de inconsistência na definição das instruções.
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