Olá a todos!
O gato paradoxal está de volta. Dessa vez vamos retratar um experimento, feito em 2014 com participação de uma brasileira (viva o Brasil-sil-sil-sil!!), que utilizou dois cristais não lineares iluminados pelo mesmo canhão laser criando um par de fótons onde um deles passaria através do objeto a ser “fotografado” obtendo, assim, a imagem sem interagir com o objeto. Ou seja, uma foto contendo esse objeto nos dois estados de superposição quântica.
Você pode me dizer: “Poxa cara, até aqui nada de espetacular. Outros experimentos já haviam sido realizados obtendo um resultado semelhante.” Pois é. A inovação nesse experimento está na criação de fótons não detectáveis, o que permite visualizar imagens de objetos invisíveis e opacos para fótons detectáveis.
Opa, como assim? Vamos começar a desvendar o funcionamento desse novelo (lembram? Gato gosta de brincar com novelos…). Como podemos observar no esquema abaixo (Figura 1), temos o laser (verde) sendo dividido igualmente no ponto BS1. O laser dividido “a” passa pelo cristal 1 (NL1) gerando os fótons ocioso “d” (em vermelho) e sinal “c” (em amarelo). Enquanto o fóton sinal “c” segue seu caminho, o fóton ocioso “d” reflete no espelho dicroico D1 (é um espelho revestido por um filme metálico especial que permite refletir determinadas cores, nesse caso o vermelho) passando pelo objeto e refletindo no espelho dicroico D2 para se alinhar perfeitamente com o fóton ocioso produzido pelo cristal 2 (NL2). Logo em seguida, ele é refletido pelo espelho dicroico D3 e descartado.
Figura 1 – Esquema do Experimento
Universos Quânticos 